terça-feira, 30 de julho de 2013

PRÓTESE, PRÓSTESE, ÓRTESE: Entenda as diferenças

Prótese e próstese são duas palavras de origem grega, formadas com o mesmo tema, thésis, do verbo títhemi, colocar, acrescentar. Diferem entre si quanto ao prefixo pró- ou prós-. Ambos os prefixos preexistiam na língua grega com as funções de advérbio e de preposição. Pró- tem o sentido de "na frente", "diante de", e prós- "junto a", "sobre", "próximo". Em grego clássico também já havia, pré-formados, os termos próthesis e prósthesis, o primeiro na acepção de "colocação à frente", "diante de" e o segundo no sentido de acréscimo, adição.

Prósthesis foi empregado por Hipócrates, referindo-se a colocação de talas de madeira na imobilização de fraturas do antebraço. 

A tênue diferença semântica dos prefixos pró- e prós- não se manteve nas traduções para as línguas modernas e os dois termos tornaram-se formas paralelas variantes de uma mesma palavra, o que ocorreu já na sua passagem pelo latim. Na língua inglesa usa-se somente a forma prosthesis, enquanto nas línguas neolatinas a forma preferida é prótese. 

No sentido de acréscimo, adição, o termo é usado em Gramática para designar a modalidade de metaplasmo em que se acrescenta uma letra ou sílaba no início de uma palavra, sem alteração de significado. Ramiz Galvão, em seu dicionário etimológico das palavras derivadas do grego, recomenda usar próstese somente como termo gramatical e prótese como termo médico. Esta distinção, no entanto, não prevaleceu entre os gramáticos.

Nas línguas modernas, a forma prothèse foi primeiramente empregada em francês, em 1695. Do francês prothèse passou para as demais línguas neolatinas com as adaptações próprias a cada idioma: espanhol, protesis; italiano, pròtesi; português, prótese.

Órtese, apesar da semelhança com prótese, tem etimologia muito diversa. Órtese é oriundo da palavra grega orthósis, formada, por sua vez, de orthós, reto, direito, e o sufixo –sis. Este sufixo grego expressa ação, estado ou qualidade. Orthósis, no caso, é a ação de endireitar, de tornar reto, retificar.

Segundo Marcovecchio, a alteração gráfica de orthose para orthèse ocorreu em francês arbitrariamente, a partir de 1975, sem nenhuma razão que a justificasse. Do francês estendeu-se a outros idiomas. Em português o acento tônico deslocou-se para a primeira sílaba, de que resultou órtese. É provável que a substituição de orthose por orthèse, em francês, tenha se operado por analogia com prothèse.

Após este preâmbulo, podemos estabelecer a diferença entre prótese e órtese.

Na terminologia médica atual considera-se prótese a peça ou dispositivo artificial utilizado para substituir um membro, um órgão, ou parte dele, como, por exemplo, prótese dentária, ocular, articular, cardíaca, vascular etc. Mais recentemente, além do conceito anatômico, nota-se a tendência de considerar como prótese também os aparelhos ou dispositivos destinados a corrigir a função deficiente de um órgão, como no caso da audição.

Órtese tem um significado mais restrito e refere-se unicamente aos aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso externo, destinados a alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo.


FONTE: fisioterapia.com

TDAH


terça-feira, 23 de julho de 2013

O que são hepatites

Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite. 
Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites observe se você já se expôs a algumas dessas situações:
  • Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
  • Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B,C e D);
  • Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B,C e D)
No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.
A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.
As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.

Dicas para cuidar da saúde no frio

Com a queda de temperatura, algumas doenças podem se manifestar com mais facilidade. Alergia, resfriado, asma e gripe são apenas algumas das doenças que se intensificam a partir de agora. Por isso, os cuidados com a saúde devem ser redobrados.

O médico pneumologista e coordenador estadual de Saúde, Ricardo Tardelli, diz que medidas simples colaboram para melhorar a qualidade de vida nos dias mais frios e fazem toda a diferença para prevenir problemas de saúde.

Veja abaixo algumas dessas dicas: 

- fique atento às variações de temperatura. Em casa, no trabalho e em outros locais fechados, costuma-se sentir calor. Porém, ao sair desses ambientes, a brusca queda de temperatura pode facilitar a ocorrência de doenças. Agasalhe-se antes de sair;

- ingerir líquidos quentes ao longo do dia, como chás, café e chocolate quente, ajuda a manter o corpo aquecido, mas é preciso evitar o consumo exagerado;

- mantenha a higiene doméstica, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia diversos problemas alérgicos;

- evite banhos com água muito quente, que provocam ressecamento da pele;

- evite exposição prolongada a ambientes com ar condicionado - quente ou frio;

- as pessoas com alergia devem ficar atentas a cobertores que soltam pelos. Substituí-los por mantas de tecido sintético ou algodão pode auxiliar na prevenção de rinites e outros quadros alérgicos;

- as alergias também podem ser reduzidas lavando e secando ao sol, antes de usar, as mantas, cobertores e blusas de lã guardadas por muito tempo em armários. Pacientes com antecedentes como bronquite e rinite costumam ter crises nessa época. É importante procurar um médico e seguir as recomendações;

- atenção ao sol. Mesmo com o frio, é importante manter o cuidado com o sol, utilizando protetores, especialmente quando o céu estiver “limpo”;

- tome muito cuidado com o acesso de crianças pequenas à cozinha. Evite que brinquem nesse ambiente, atraídas pelo calor. Líquidos e panelas quentes causam graves acidentes. Em caso de queimadura, a orientação é buscar atendimento médico imediatamente.


FONTE: R7.com

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vacina contra Alzheimer é bem sucedida em testes clínicos

Uma vacina que poderá ser usada no tratamento da doença de Alzheimer foi testada com sucesso na Suécia. Segundo estudo do Instituto sueco Karolinska publicado no periódico médico Lancet Neurology, a vacina CAD106 conseguiu fortalecer o sistema imunológico, levando o próprio organismo a destruir as proteínas causadoras da doença.

A doença de Alzheimer é uma demência neurológica complexa. De acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), a demência é a epidemia de saúde que mais cresce nos tempos atuais. A hipótese prevalente sobre suas causas envolve a APP (proteína precursora de amiloide), uma proteína da membrana exterior das células nervosas. Em vez de ser quebrada, essa proteína acaba por formar uma substância danosa chamada beta-amiloide, que se acumula como plaquetas e mata as células do cérebro.
Atualmente, não existe cura para o Alzheimer, e os remédios em uso apenas atenuam os sintomas. Na busca por uma cura, cientistas estão seguindo diversas vias de ataque - entre as quais a vacinação é a maior aposta. O primeiro estudo de vacinação em humanos, feito há quase uma década, demonstrou efeitos adversos em demasia e foi descontinuado. A vacina usada nesse estudo ativava determinadas células brancas do sangue (células-T), que começaram a atacar o próprio tecido cerebral.
Pesquisa - O novo tratamento, no entanto, envolve imunização ativa, usando um tipo de vacina desenvolvida para acionar o sistema de defesa do organismo contra os beta-amiloides. Nesse teste, a vacina foi modificada para afetar somente o beta-amiloide danoso – e não mais o tecido cerebral. Os pesquisadores descobriram, então, que 80% dos pacientes desenvolveram seus próprios anticorpos contra o beta-amiloide, sem sofrer quaisquer efeitos adversos durante os três anos do estudo.
Segundo os cientistas, esses resultados sugerem que a vacina CAD106 pode se tornar um tratamento tolerável para pacientes com Alzheimer nos níveis leve ao moderado. Para atestar a real eficácia da vacina, entretanto, serão necessários que testes maiores, com um número maior de voluntários, sejam realizados. 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Osteoartrose

osteoartrose, também conhecida como artrose ou osteoartrite, decorre de uma lenta e progressiva degradação da cartilagem articular, um tecido elástico que recobre as extremidades ósseas e amortecem os impactos. 
Entre as doenças designadas como "reumatismos", a osteoartrite é a mais frequente – representa 30% a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia e é responsável por 7,5% dos afastamentos de trabalho.
A osteoartrose atinge principalmente a população acima de 55 anos. As mulheres são afetadas mais precocemente, devido às alterações hormonais. Alguns traumas (fraturas, por exemplo) também podem causar a osteortrite. Existem artroses genéticas, quando a pessoa – sobretudo as mulheres – nasce com a cartilagem fraca. Em muitos casos, elas apresentam nódulos enrijecidos nas pontas dos dedos. 
Sobre as causas do problema, o organismo passa por um processo natural de deterioração das células dos tecidos. Quando esse ritmo é perdido e há pouca ou nenhuma reposição celular, surgem fissuras como se fossem rachaduras na cartilagem e que podem atingir os ossos. O osso reage, fica mais duro e pode crescer para os lados, formando pequenas saliências.
Algumas condições aumentam a carga sobre o corpo e são considerados fatores de risco para a osteoartrose:
obesidade;
deformidades (joelho torto, para fora ou para dentro);
excesso de peso que gera carga no joelho, quadril, coluna e pés;
postura incorreta, quando a pessoa fica muito torta;
passar muitas horas sentado;
carregar peso só de um lado do corpo.
Sinais de alerta
O idoso precisa ficar atento quando, ao se movimentar, sentir dor, sensação de rigidez ou perceber algum barulho nas articulações, ainda mais se isso se repetir por vários dias. 
“É possível restabelecer a função, mesmo com alguma parte lesada. Os pacientes confundem isso como um problema que não tem tratamento, mas é possível amortizar e estacionar o curso da artrose”, afirma Ricardo Fuller, responsável pela Unidade de Osteoartrite do Hospital das Clínicas de São Paulo.
O tratamento é feito com exercícios, fisioterapia, anti-inflamatórios e analgésicos.  Algumas medicações ajudam a controlar o processo de degeneração das articulações. Ricardo Fuller alerta que a fisioterapia deve ser focada na parte muscular. Praticar pilates (modalidade que trabalha equilíbrio e gravidade) também pode ajudar.
Em muitos casos, o tratamento não reverte a lesão, mas reduz ou elimina a dor. A cirurgia só é indicada quando o tratamento não proporcionou melhora e exames de imagem constatam a articulação totalmente destruída. 
O especialista em fisiatria e diretor do Serviço de Reabilitação da Santa Casa de São Paulo, Cláudio Gomes, disse que há 40 anos era comum colocar próteses em procedimentos que traziam muitos riscos aos pacientes. Atualmente, é possível viver por muitos anos sem cirurgia.
O diagnóstico precoce pode ajudar a preservar as articulações. “Quando o músculo é fortalecido, contém melhor a articulação. Depois dos 40 anos de idade, o músculo fica mais fraco”, explica Cláudio Gomes.  Além do exercício físico adequado a cada condição individual, ele recomenda diminuir a obesidade e a sobrecarga de peso, evitar o sedentarismo e ter uma alimentação adequada para viver melhor.