O fisioterapeuta deve adotar medidas para prevenir complicações secundárias como escoliose, hipercifose, lordose, facilitar o desenvolvimento sensório-motor, preparar a criança para deambulação se for possível ou tornar essa deambulação mais independente, facilitar e treinar as atividades de vida diária, promover o desenvolvimento sócio-emocional, orientar os familiares quanto às estratégias adequadas e engajá-los no manejo dos problemas juntamente com os professores da escola.
Alguns pacientes com hidrocefalia apresentam certo grau de deficiência cognitiva. A capacidade de percepção visual mantém estreita ligação com a deficiência intelectual, que levam ao comprometimento do raciocínio, habilidades motoras de organização, consciência de espaço, trabalho com números, má lateralização das habilidades. Esses fatores devem ser avaliados para que possa tomar medidas adequadas de tratamento e podem exigir estratégias especiais de ensino, devendo colocar o professor ciente desses problemas. O tratamento consiste em estimular o desenvolvimento motor normal, dependendo da seqüela e do atraso acarretado pela patologia. O peso da cabeça volumosa faz com que algumas crianças demorem muito a firmar a cabeça, o desenvolvimento geral da motricidade apresenta um atraso correspondente, o que leva a criança a sentar mais tarde do que deveria e a manutenção do equilíbrio se instala mais tardiamente.
Deve-se trabalhar o tônus muscular, o equilíbrio, orientar o uso de órtese quando necessário, prevenir deformidades através do alongamento e fortalecimento muscular, uso de talas, posicionamento adequado, descarga de peso, fazer exercícios para propriocepção corporal e exercícios respiratórios. Durante o primeiro grau escolar, muitas crianças com hidrocefalia são submetidas a uma revisão da derivação para alongar a sonda de drenagem. Se for necessário trocar toda a derivação, pode haver algum déficit nas habilidades físicas. A fisioterapia intensiva será efetiva durante esse período, para restaurar os graus de funções anteriores da criança.
FONTE: fisioterapia.com