A atuação da fisioterapia
empregada no paciente com distrofia muscular de Duchenne tem o objetivo
de retardar a incapacidade de andar e a dependência em relação à
cadeira de rodas, além de prevenir deformidades e outras complicações de
cunho respiratório e traumático, como as fraturas. Para tanto, a
fisioterapia lança mão da cinesioterapia motora e respiratória, com o
intuito de melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.
Com
a evolução da doença, uma das opções de tratamento pode ser a
realização da hidroterapia. A hidroterapia é uma forma clássica de
tratamento fisioterapêutico utilizada em inúmeras disfunções. Neste tipo
de tratamento, as propriedades físicas da água aquecida promovem
facilitação dos movimentos e alívio das dores, além de permitir o
trabalho em grupo e tornar a terapia agradável, permitindo realizar
determinadas atividades que seriam impossíveis em solo.
A
hidroterapia realizada em piscina terapêutica é utilizada para manter a
força muscular, a capacidade respiratória, as amplitudes articulares e
evitar os encurtamentos musculares. A movimentação voluntária e a adoção
de diversas posturas podem ser facilitadas e os exercícios de
alongamento muscular podem ser realizados com o alívio da dor.
A
literatura mostra que exercícios concêntricos são benéficos quando
realizados de forma segura e precisa pelos fisioterapeutas, aumentando
e/ou mantendo a força muscular dos pacientes com DMD.
Em
contrapartida, os exercícios excêntricos são pouco tolerados pelo
paciente. Estudos mostram que a força elevada durante as contrações
musculares excêntricas pode afetar o metabolismo do colágeno e até
estruturas tendíneas do tecido conjuntivo. Durante o exercício
excêntrico há um maior risco de dano muscular, pois nesta ação o músculo
estará em trabalho de força e sendo alongado simultaneamente,
aumentando seu estresse.
Os
objetivos de tratamento da fisioterapia, perante o quadro apresentado
pelos indivíduos portadores dessa doença são os de permitir que ele
tenha domínio sobre seus movimentos, coordenação e equilíbrio; manter ou
melhorar amplitude de movimento (ADM); manter a força a musculatura da
cintura escapular e pélvica e músculos da respiração; adequar a postura
(em pé, sentada e deitada) o mais próximo do normal e prevenir o
encurtamento muscular.
A
fisioterapia respiratória mostra-se essencial para aumentar a
expectativa de vida dos pacientes, sendo realizadas manobra de
reexpansão pulmonar, desinsuflação e desobstrução, dependendo do
problema respiratório apresentado pelo paciente.
FONTE: http://www.fisioneuro.com.br