A casa deve ser um local seguro, confortável e deve se adaptar à rotina dos moradores. É essencial proteger aqueles que tem problemas de equilíbrio e flexibilidade, no caso: crianças, idosos e portadores de necessidades especiais.
Planejar a residência e garantir a autonomia dos idosos permite que sua rotina permaneça a mais estável possível. Problemas de visão, redução da audição, hipertensão, labirintite, efeito colaterais de remédios dentre outros fatores são as causas dos acidentes, os quais acontecem principalmente dentro de casa e são os responsáveis por muitas sequelas que levam a problemas futuros.
A prevenção reduz o número de acidentes, de custos com médicos e hospitais e melhora a qualidade de vida do idoso e de quem vive com eles.
Dicas
A disposição dos móveis e detalhes como cores e iluminação fazem muita diferença:
- Decoração: instale fitas adesivas debaixo dos tapetes para fixá-los; os tapetes devem ser evitados, mas caso permaneçam opte por aqueles de cerdas baixas;
- Cores: paredes de cor clara refletem melhor a luz e detalhes com cores mais fortespodem estimular os sentidos do idoso e tornar a rotina mais dinâmica;
- Móveis: evite que o idoso tenha que se abaixar ou se esticar muito para alcançar os objetos (utilize móveis com altura média); cadeiras e sofás com assento médio e espaldar altosão mais confortáveis para se levantar; cantos arredondados são mais seguros; mesas laterais devem ser fixas para permitir que se apóiem quando necessário; gavetas devem ter travas de segurança para que não caiam ao abrir; armários com portas de correr são melhores por não interferirem na área de circulação; evite móveis de vidro;
- Circulação: deve ser a mais livre possível e, em geral, no mínimo 80cm;
- Acesso a Escadas: o melhor é que ocorra através de rampas, com no máximo 8% de inclinação; para maior proteção instale corrimão com 90cm de altura nas escadas e rampas; elevadores e plataformas elevatórias são uma boa solução para evitar escadas e desníveis;
- Escadas: devem ter patamar entre 28 e 30cm para que os pés tenham o apoio necessário; marque o início e o fim da escada, o que pode ser feito utilizando um material de cor e textura diferente; balizadores (pontos de iluminação) em cada degrau facilitam sua visualização; evite desníveis pequenos que podem provocar tropeços (prefira pequenas rampas);
- Piso: opte pelos antiderrapantes, como cerâmicas com textura tátil e pisos emborrachados;
- Banheiro: adapte barras de apoio, vaso sanitário elevado e banco dentro do box(pode-se utilizar o mesmo padrão do banheiro para deficientes motores NBR9050 Abnt ;
- Iluminação: deve ser abundante e uniforme, evitando pontos escuros que possam esconder objetos compensando as dificuldades visuais; as lâmpadas devem ser anti-ofuscante (lâmpadas leitosas permitem iluminação indireta); facilite o acesso aosinterruptores escolhendo os iluminados;
- Cozinha: torneira de monocomando ou alavanca facilita o manuseio; copos de plástico e de metal evitam cortes no caso de acidentes; ter um carrinho com rodasfacilita o transporte dos objetos de um ambiente para o outro;
- Quarto: deve ficar no andar térreo, com acesso fácil ao banheiro; a cama deve ter altura que permita estar sentado e apoiar os pés no chão; colchão e travesseirosdevem estar de acordo com as necessidades de saúde da pessoa (como o peso); deve haver lanterna, telefone e campainha próximos da cama; a mesa lateral deve ter cantos arredondados;
- Jardim: deve ser bem iluminado para que quem esteja dentro da casa enxergue bem o que há do lado de fora garantindo segurança física e psicológica;
- Portas: se possível sempre com vão de 80 cm, principalmente para o banheiro e entrada da casa (esta pode ser maior, com 90cm); maçanetas de alavanca (e não redondas) são recomendadas;
Conclusão
Seguindo estas dicas é possível tornar a casa mais segura e cômoda, permitindo ao idoso maior autonomia e confiança, garantindo que pratique movimentos dentro de casa ao se deslocar livremente, estimulando a circulação, a memória e o raciocínio, diretamente relacionados a uma auto-estima melhor e qualidade de vida superior, inclusive para quem convive com eles.
FONTE: Folha de São Paulo
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