segunda-feira, 15 de julho de 2013

Osteoartrose

osteoartrose, também conhecida como artrose ou osteoartrite, decorre de uma lenta e progressiva degradação da cartilagem articular, um tecido elástico que recobre as extremidades ósseas e amortecem os impactos. 
Entre as doenças designadas como "reumatismos", a osteoartrite é a mais frequente – representa 30% a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia e é responsável por 7,5% dos afastamentos de trabalho.
A osteoartrose atinge principalmente a população acima de 55 anos. As mulheres são afetadas mais precocemente, devido às alterações hormonais. Alguns traumas (fraturas, por exemplo) também podem causar a osteortrite. Existem artroses genéticas, quando a pessoa – sobretudo as mulheres – nasce com a cartilagem fraca. Em muitos casos, elas apresentam nódulos enrijecidos nas pontas dos dedos. 
Sobre as causas do problema, o organismo passa por um processo natural de deterioração das células dos tecidos. Quando esse ritmo é perdido e há pouca ou nenhuma reposição celular, surgem fissuras como se fossem rachaduras na cartilagem e que podem atingir os ossos. O osso reage, fica mais duro e pode crescer para os lados, formando pequenas saliências.
Algumas condições aumentam a carga sobre o corpo e são considerados fatores de risco para a osteoartrose:
obesidade;
deformidades (joelho torto, para fora ou para dentro);
excesso de peso que gera carga no joelho, quadril, coluna e pés;
postura incorreta, quando a pessoa fica muito torta;
passar muitas horas sentado;
carregar peso só de um lado do corpo.
Sinais de alerta
O idoso precisa ficar atento quando, ao se movimentar, sentir dor, sensação de rigidez ou perceber algum barulho nas articulações, ainda mais se isso se repetir por vários dias. 
“É possível restabelecer a função, mesmo com alguma parte lesada. Os pacientes confundem isso como um problema que não tem tratamento, mas é possível amortizar e estacionar o curso da artrose”, afirma Ricardo Fuller, responsável pela Unidade de Osteoartrite do Hospital das Clínicas de São Paulo.
O tratamento é feito com exercícios, fisioterapia, anti-inflamatórios e analgésicos.  Algumas medicações ajudam a controlar o processo de degeneração das articulações. Ricardo Fuller alerta que a fisioterapia deve ser focada na parte muscular. Praticar pilates (modalidade que trabalha equilíbrio e gravidade) também pode ajudar.
Em muitos casos, o tratamento não reverte a lesão, mas reduz ou elimina a dor. A cirurgia só é indicada quando o tratamento não proporcionou melhora e exames de imagem constatam a articulação totalmente destruída. 
O especialista em fisiatria e diretor do Serviço de Reabilitação da Santa Casa de São Paulo, Cláudio Gomes, disse que há 40 anos era comum colocar próteses em procedimentos que traziam muitos riscos aos pacientes. Atualmente, é possível viver por muitos anos sem cirurgia.
O diagnóstico precoce pode ajudar a preservar as articulações. “Quando o músculo é fortalecido, contém melhor a articulação. Depois dos 40 anos de idade, o músculo fica mais fraco”, explica Cláudio Gomes.  Além do exercício físico adequado a cada condição individual, ele recomenda diminuir a obesidade e a sobrecarga de peso, evitar o sedentarismo e ter uma alimentação adequada para viver melhor. 

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