Jogos de fisioterapia no computador podem ajudar as pessoas com Parkinson a melhorar o equilíbrio e a maneira de andar, de acordo com um novo estudo piloto feito pela Faculdade de Enfermagem da University of California, San Francisco (UCSF) e pelo Red Hill Studios, nos Estados Unidos.
Mais da metade dos volutários do projeto de pesquisa de duração de três meses apresentaram melhoras na velocidade com que andavam, no equilíbrio e no comprimento da passada.
Diferentemente dos jogos de computador padrão, estes jogos especializados encorajam movimentos físicos específicos cientificamente testados para ajudar as pessoas com doenças e deficiências funcionais.
Foram produzidos nove jogos "clinicamente inspirados" que foram desenvolvidos para melhorar a coordenação das pessoas com mal de Parkinson, uma doença neuromuscular crônica e progressiva caracterizada por tremores, lentidão de movimentos e rigidez dos membros e do tronco. Os membros clínicos da equipe focaram em movimentos corporais específicos e gestos que sua pesquisa prévia mostrou serem benéficos para protelar os declínios físicos do mal de Parkinson.
A equipe do Red Hill desenvolveu jogos físicos semelhantes ao jogos Wii e Kinect, nos quais os indivíduos ganham pontos por mover seus corpos de determinadas maneiras. Cada jogo tem múltiplos níveis de dificuldade para que a equipe clínica possa personalizar os jogos terapêuticos para as habilidades particulares de cada indivíduo.
"Cada indivíduo descobriu o seu próprio 'ponto certo' para jogar - o ponto em que o esforço físico não era difícil demais, nem fácil demais. E quando os indivíduos dominavam um nível do jogo, eles passavam para níveis mais difíceis para obter mais efeitos benéficos. Os indivíduos melhoraram suas pontuações nos jogos enquanto melhoraram o equilíbrio e a maneira de andar", disse o diretor criativo do Red Hill Studios, Bob Hone.
O Red Hill desenvolveu um sensor personalizado, com nove sensores de monitoramento para analisar os movimentos dos indivíduos com maior resolução e precisão do que é possível com as plataformas de jogos padrão. O sistema baseado em computador envia dados criptografados para um banco de dados seguro, permitindo que as equipes de pesquisa acompanhem o desempenho dos indivíduos diariamente.
"A partir do registro dos dados, conseguimos ver que havia alguns indivíduos que estavam jogando mais do que as três vezes por semana indicadas. Como este era um estudo de pesquisa muito estruturado, tivemos que pedir a eles que jogassem menos do que queriam", disse Hone.
O ensaio envolveu 20 participantes com níveis moderados de doença de Parkinson. Depois de jogar por 12 semanas, 65% dos jogadores demonstraram uma passada mais longa, 55% apresentaram um aumento na velocidade da caminhada e 55% relataram uma melhora na confiança em relação ao equilíbrio.
"Com estes resultados preliminares positivos, queremos conduzir um ensaio clínico mais longo com mais indivíduos para confirmar estas descobertas iniciais", disse Dowling.
FONTE: www.isaude.net
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