O ultrasom, TENS (aquele aparelho que dá uma espécie de “choque”), laser, luz infravermelha, ondas curtas e outros equipamentos são recursos utilizados na fisioterapia para combater principalmente processos inflamatórios e dor. Porém o tratamento não pode se basear apenas no uso desses equipamentos pois será incompleto e não terá bons resultados a longo prazo.
Vamos olhar por exemplo um caso de síndrome da banda iliotibial, problema que gera dor na lateral do joelho de corredores. A causa principal dessa síndrome é uma fraqueza do músculo da lateral do quadril e um desalinhamento do joelho na corrida. O uso do TENS e do ultrasom irá diminuir a inflamação e melhorar a dor, mas não tratará a causa do problema. O tratamento só será completo e efetivo se o músculo que está fraco for fortalecido e houver a correção do desvio do joelho na corrida com exercícios educativos.
Não ter um atendimento individualizado e ficar passando de aparelho em aparelho não é fisioterapia de qualidade e o conselho regional de fisioterapia de São Paulo está até fazendo uma campanha de conscientização sobre esse assunto. Em publicação em uma de suas revistas desse ano o conselho orientou os profissionais a não utilizarem somente equipamentos em suas consultas e sim orientar exercícios aos pacientes para que a patologia seja tratada de forma específica e eficaz.
Cada problema exige um cuidado especial. De nada adianta o alongamento de panturrilha em um caso de síndrome do banda iliotibial. Exija uma avaliação e um tratamento individualizado e específico para o seu caso.
A fisioterapia é capaz de restaurar a função do corpo de maneira fantástica se aplicada da forma correta. O tratamento deve se basear no combate à causa do problema e não somente na diminuição dos sintomas. Desta forma os resultados são bons e duradouros.
Fonte: Globo Esporte
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