terça-feira, 24 de junho de 2014

Poliomielite


Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus (sorotipos 1, 2, 3), que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas) e provocar ou não paralisia.
A multiplicação desse vírus começa na garganta ou nos intestinos, locais por onde penetra no organismo. Dali, alcança a corrente sanguínea e pode atingir o cérebro. Quando a infecção ataca o sistema nervoso, destrói os neurônios motores e provoca paralisia flácida em um dos membros inferiores. A doença pode ser mortal, se forem infectadas as células dos centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e da deglutição.
A poliomielite foi praticamente erradicada nas áreas desenvolvidas do mundo com a vacinação sistemática das crianças, mas o vírus ainda está ativo em alguns países da África e da ÁsiaPara evitar que seja reintroduzido nas regiões que não registram mais casos da doença, as campanhas de imunização devem ser repetidas todos os anos.
Sintomas
O período de incubação varia de 5 a 35 dias, com mais frequência entre 7 e 14 dias.
Na maioria dos casos, a infecção pelo vírus da poliomielite pode ser assintomática. Isso não impede sua transmissão, pois é eliminado pelas fezes e pode contaminar a água e os alimentos.
Quando se manifestam, os sintomas variam de acordo com a gravidade da infecção.
Nas formas não paralíticas, os sinais mais característicos são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez na nuca e meningite. Na forma paralítica, quando a infecção atinge as células dos neurônios motores, além dos sintomas já citados, instala-se a flacidez muscular que afeta, em regra, um dos membros inferiores.
Diagnóstico
O diagnóstico fundamenta-se nos sinais clínicos e em exames laboratoriais de fezes para pesquisa do vírus.
Também são importantes o exame do liquor, dos anticorpos da classe IgM e a eletroneuromiografia.
É indispensável estabelecer o diagnóstico diferencial para distinguir a poliomielite de outras doenças que também comprometem os neurônios motores.
Vacina
Existem duas vacinas contra apoliomielite. A VPO-Sabin, ou vacina da gotinha, faz parte do Calendário Básico de Vacinação. Ela deve ser aplicada aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade. Até os cinco anos, as crianças devem receber doses de reforço anualmente.
A vacina Salk, administrada por via intramuscular, é indicada para pessoas expostas, com baixa imunidade, ou que viajarão para regiões onde o vírus ainda está ativo.
Tratamento
Poliomielite é uma doença de notificação compulsória ao sistema de saúde. Como em muitas infecções virais, não há tratamento específico para a doença, mas alguns cuidados são indispensáveis para controlar as complicações e reduzir a mortalidade. Entre
eles destacam-se:
* Repouso absoluto nos primeiros dias para reduzir a taxa de paralisia;
* Mudança frequente de posição do paciente na cama, que deve ter colchão
firme e apoio para os pés e a cabeça;
* Tratamento sintomático da dor, febre e dos problemas urinários e intestinais;
* Atendimento hospitalar nos casos de paralisia ou de alteração respiratória;
* Acompanhamento ortopédico e fisioterápico.
FONTE: Dráuzio Varella

quarta-feira, 11 de junho de 2014

A importância da colaboração do paciente no sucesso da fisioterapia

Hoje resolvi falar de um tema de estranha importância. Estava discutindo com um colega sobre a colaboração do paciente com o tratamento proposto.


É verdade que a fisioterapia possui resultados excelentes e auxilia na recuperação de muitos casos. Entretanto algo que precisa ficar claro  é a importância do paciente no tratamento. 

Não digo do paciente acamado, ou aquele que perdeu os movimentos. Digo do paciente não colaborativo, do que se recusa a realizar as atividades propostas e não segue as orientações.

Fisioterapia é equilíbrio, paciente e fisioterapeuta precisam estar em equilíbrio. Costumo falar para meus pacientes que não adianta eu fazer 1h de fisio e ele passar as outras 23h do dia em postura inadequada, ou fazer fisio 3x na semana e passar os outros 4 dias parado.

A falta de cooperação atrapalha nos resultados do paciente, frusta o fisioterapeuta e a família. Por isso o paciente deve ser orientado sobre a importância de confiar no profissional e colaborar com o tratamento. Cabe também ao profissional dar segurança ao paciente, esclarecer todas as dúvidas e buscar uma constante atualização para aperfeiçoar seu atendimento.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

FISIOTERAPIA É EFICIENTE: SAIBA COMO IDENTIFICAR SE ESTÁ SENDO BEM FEITA

Infelizmente já ouvi muitos comentários do tipo “fiz fisioterapia e não melhorei” ou “fisioterapia não funciona”. Então nesta coluna gostaria de, muito mais do que defender a minha profissão, alertar o leitor para que possa reconhecer quando não está recebendo um tratamento fisioterapêutico adequado e assim reivindique o seu direito de ser bem atendido.

O ultrasom, TENS (aquele aparelho que dá uma espécie de “choque”), laser, luz infravermelha, ondas curtas e outros equipamentos são recursos utilizados na fisioterapia para combater principalmente processos inflamatórios e dor. Porém o tratamento não pode se basear apenas no uso desses equipamentos pois será incompleto e não terá bons resultados a longo prazo.

Vamos olhar por exemplo um caso de síndrome da banda iliotibial, problema que gera dor na lateral do joelho de corredores. A causa principal dessa síndrome é uma fraqueza do músculo da lateral do quadril e um desalinhamento do joelho na corrida. O uso do TENS e do ultrasom irá diminuir a inflamação e melhorar a dor, mas não tratará a causa do problema. O tratamento só será completo e efetivo se o músculo que está fraco for fortalecido e houver a correção do desvio do joelho na corrida com exercícios educativos.

Não ter um atendimento individualizado e ficar passando de aparelho em aparelho não é fisioterapia de qualidade e o conselho regional de fisioterapia de São Paulo está até fazendo uma campanha de conscientização sobre esse assunto. Em publicação em uma de suas revistas desse ano o conselho orientou os profissionais a não utilizarem somente equipamentos em suas consultas e sim orientar exercícios aos pacientes para que a patologia seja tratada de forma específica e eficaz. 

Cada problema exige um cuidado especial. De nada adianta o alongamento de panturrilha em um caso de síndrome do banda iliotibial. Exija uma avaliação e um tratamento individualizado e específico para o seu caso.

A fisioterapia é capaz de restaurar a função do corpo de maneira fantástica se aplicada da forma correta. O tratamento deve se basear no combate à causa do problema e não somente na diminuição dos sintomas. Desta forma os resultados são bons e duradouros.


Fonte: Globo Esporte