quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Oncologia Pediátrica - III


Tipos de câncer mais comuns em crianças


• Leucemias
• Tumores do Sistema Nervoso Central
• Linfomas
• Neuroblastoma
• Tumor de Wilms
• Rabdomiossarcoma
• Tumores dos ossos
• Retinoblastoma
• Doença de Hodgkin
• Histiocitose
• Tumores Germinativos


LEUCEMIA



É o câncer mais comum na infância. As formas crônicas são muito raras, sendo as leucemias agudas as mais comuns. Elas têm origem na medula óssea, onde normalmente é produzido o sangue. Manifesta-se com dor nos ossos ou nas articulações, palidez, manchas roxas, sangramentos, febre, abatimento, etc.
Existem vários tipos de leucemia: leucemia linfóide aguda (LLA) que representam 70 % dos casos, seguida da leucemia mielóide aguda (LMA), com 23% dos casos e ainda um pequeno grupo de outras leucemias com 7% dos casos. As leucemias podem ter índices de cura de até 80% sendo o tratamento principal a quimioterapia. Em alguns casos, pode-se indicar também radioterapia e transplante de medula.



TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL



Os tumores do sistema nervoso central, ou seja, originados no cérebro, cerebelo ou medula espinhal, são os tumores sólidos mais freqüentes em crianças.Os sintomas mais comuns são dor de cabeça e vômitos pela manhã, tontura, perda do equilíbrio, alterações do comportamento e convulsões.
Qualquer criança com estes sintomas deve ser examinada por médico neurologista, além de realizar tomografia ou ressonância nuclear magnética do crânio. O diagnóstico do tipo exato de tumor é feito durante a cirurgia. Os tumores benignos são tratados apenas com cirurgia. Para os tumores malignos são, em geral, necessários tratamentos complementares com quimioterapia e/ou radioterapia.

NEUROBLASTOMA



Ocorre geralmente em crianças com menos de 5 anos. Os locais mais frequentes são abdome, tórax e pescoço, perto da coluna vertebral.
Pode afetar o fígado, ossos e medula óssea.O aumento de volume do abdome sempre deve ser notificado ao pediatra que acompanha a criança.
Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Se o tratamento não for iniciado a tempo, a criança pode ficar com paralisia definitiva.
Para se diagnosticar o neuroblastoma deve-se realizar a biópsia e/ou aspirado da medula
do osso. Caso esta não contenha células do tumor é então necessário realizar uma biópsia do tumor, ou seja, retirar um pedaço pequeno através de cirurgia, para que um médico patologista possa ver o tumor no microscópio. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos pode ser indicado a radioterapia e também o transplante de medula óssea.

RETINOBLASTOMA



É um tumor que acomete os olhos e geralmente ocorre antes dos 4 anos de idade. A principal manifestação é um reflexo brilhante no olho acometido (leucocoria), parecido com o brilho que apresentam os olhos de um gato quando se ilumina os seus olhos à noite.
As crianças podem ainda ficar estrábicas (vesgas), ter dor nos olhos ou perder a visão. Alguns retinoblastomas são hereditários. Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças tem que ser examinadas por um oftalmologista experiente desde que nascem para que o diagnóstico seja o mais precoce possível.
Os retinoblastomas são diagnosticados por médicos experientes através do exame do fundo de olho, com a pupila bem dilatada. Em geral, não se deve realizar biópsias. Os tumores pequenos podem ser tratados com métodos especiais que permitem preservar a visão. Nos casos avançados, o olho pode precisar ser retirado e a criança pode precisar de quimioterapia e/ou radioterapia.

RABDOMIOSSARCOMA


São tumores que ocorrem em músculos. O Rabdomiossarcoma é o sarcoma mais comum da criança e do adolescente. Podem ocorrer na cabeça, pescoço, área genital, braços e pernas e dentro do abdome ou do tórax. Quando localizados superficialmente, pode-se visualizar o tumor, acompanhado ou não de dor e vermelhidão da pele.
Para o diagnóstico definitivo dos sarcomas é necessário que um cirurgião experiente em câncer realize um biópsia para exame do tumor no microscópio. O tratamento em geral engloba duas ou três destas modalidades terapêuticas: cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

TUMORES ÓSSEOS


São mais frequentes em adolescentes. Quase sempre existe a história de um trauma, que causa dor, mas a dor persiste e não vai embora. O local mais frequente é logo acima ou logo abaixo do joelho. A pele pode ficar vermelha e quente e, quando o tumor cresce, podemos ver também inchaço no local.
Estes sintomas podem ser confundidos principalmente com infecções. Para se fazer o diagnóstico, é importante fazer radiografia do local e um médico ortopedista com bastante experiência em câncer deve realizar uma biópsia.
Os tipos mais comuns de tumores ósseos malignos são osteossarcoma e tumor de Ewing. O tratamento é feito com cirurgia e quimioterapia para ambos os tumores sendo que para os Tumores de Ewing em muitos casos há indicação da associação do tratamento radioterápico.

TUMOR DE WILMS


Apresenta-se como uma massa dentro do abdome, geralmente percebida pela mãe. Ocorre em geral antes dos 5 anos de idade e origina-se no rim. A criança pode ainda apresentar urina escura pela presença de sangue, dores abdominais e pressão alta. O exame inicial mais indicado para o diagnóstico é o ultra-som. O tratamento é cirurgia, retirando-se o rim comprometido, seguido em geral de quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia. A cura está estimada em torno de 90% dos casos quando tratados precocemente.

LINFOMA NÃO HODGKIN


Os linfomas têm como forma de apresentação usual uma ou mais massas evidentes, por aumento de gânglios linfáticos, aumento do baço, do fígado, massa abdominal ou torácica. Ocorre mais freqüentemente no sexo masculino, principalmente entre os 4 e 8 anos e idade. Às vezes, o linfoma causa parada de evacuações e dor no abdome, sendo diagnosticado na cirurgia. Aumento do volume do abdome, vômitos, cólicas, tosse ou falta de ar são os sinais iniciais mais comuns. O diagnóstico dos linfomas depende de biópsia do tumor.
O tratamento é feito com quimioterapia e não é necessária a retirada cirúrgica do tumor. Quando diagnosticado precocemente, os índices de cura estão em torno de 80% dos casos.

DOENÇA DE HODGKIN


É um tumor que acomete gânglios e baço. A maioria dos casos começa com adenomegalias, "ínguas" que vão crescendo no pescoço, nas axilas ou região inguinal.
A criança pode apresentar febre prolongada e perda de peso. O diagnóstico da doença de Hodgkin é feito através de biópsia de um gânglio aumentado de tamanho. O tratamento
é feito com quimioterapia e radioterapia. Obtêm-se a cura em torno de 85% dos casos.

TUMORES GERMINATIVOS

Nos adultos são tumores que se desenvolvem principalmente nas gônadas, ou seja, nos ovários ou testículos. Na criança além dessas localizações eles podem se originar dentro do abdome ou do tórax ou mesmo no sistema nervoso central, em geral na linha média do corpo. Uma localização que é típica da criança é aquela conhecida como teratoma sacro-cocígeo. Ela ocorre principalmente em meninas e na maioria das vezes já está presente ao nascimento. Pode se perceber um tumor nos glúteos ou não se perceber quando ele cresce predominantemente para o interior da pelve. Em geral ele comprime o intestino e a criança apresenta dificuldade progressiva para evacuar. O diagnóstico precoce e o pronto tratamento cirúrgico é de importância vital uma vez que em geral o tumor tem natureza benigna ao nascimento apresentando transformação maligna por volta do sexto mês de vida. O tratamento é realizado com cirurgia e quimioterapia. 

HISTIOCITOSE


A histiocitose é uma doença tratada por oncologistas apesar de não ser câncer, pois muitas vezes as crianças precisam de quimioterapia para melhorar.
Pode-se apresentar como uma dermatite seborréica de difícil tratamento, otite supurativa crônica, lesões na pele, fígado e baço aumentados, lesões nos ossos, anemia.


Fonte: http://www.copeclinica.com.br/index.htm

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