quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Fisioterapia Domiciliar

A fisioterapia domiciliar é uma prática que vem crescendo muito em diversos países, como o Brasil. 
São diversos os motivos que levam o paciente ou sua família a optar pelo serviço de fisioterapia domiciliar, em vez do atendimento convencional em uma clínica de fisioterapia, sendo esses motivos desde uma incapacidade físico-funcional, como uma restrição ao leito, até a comodidade e praticidade desse tipo de atendimento. 
O paciente não terá que se locomover até a clínica, tendo muitas vezes que enfrentar trânsito e congestionamento, e poderá escolher o melhor horário para o atendimento no conforto de sua residência, com a sua família, local onde se sente mais seguro e à vontade, fatores que influenciam positivamente no tratamento. Há ainda casos em que o paciente encontra-se restrito ao leito, condição que exige da família maiores demandas de trabalho para o seu deslocamento ao atendimento fisioterapêutico em uma clínica. Ou ainda em outros casos de reabilitação de pacientes com restrições motoras, que necessitam de intervenções diárias para estar aptos ao retorno às atividades da vida diária (AVDs). A ação dos cuidados fisioterapêuticos mostra-se como ferramenta de excelência.
Destaca-se, no entanto, que tal proximidade do profissional ao ambiente familiar-domiciliar proporciona, além dos cuidados diretos no tratamento da doença, uma visão do contexto familiar, especificamente às barreiras ambientais e relacionais na prevenção de agravos à saúde do ser cuidado e da família, unidade de cuidados domiciliares. Nesse enlace de cuidados, o fisioterapeuta vislumbra o conhecer o ambiente em que vive o paciente, tornando mais fácil fazer o treino de AVDs e instruí-lo quanto às suas limitações, de modo a proporcionar melhora na adaptação à realidade experienciada nesse momento de fragilidade da saúde.
No entanto, há que se considerar a necessidade de adaptação ao tratamento a ser implementado, considerando a família, o paciente e o fisioterapeuta, exigindo-se para tanto o processo da construção 
de uma confiabilidade e respeito mútuo entre os envolvidos. Essa confiabilidade auxiliará nas relações 
entre o profissional e a família, quando, em virtude de uma necessidade, o tratamento domiciliar venha 
a ser vinculado ao tratamento em clínica.

FONTE: 

Revista Fisioterapia em Movimento, 2011

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