segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Paralisia Cerebral - Parte I


No nome PARALISIA CEREBRAL, o termo "Paralisia" (Grego=Paralysis) - Fraqueza/ perda da função motora e/ou sensorial. Cerebral - Pertencente ou relativo ao cérebro.

HISTÓRICO
A Paralisia Cerebral (PC), foi descrita pela primeira vez em 1860 pelo Dr. William Little, tendo relacionado estas alterações com a hipóxia perinatal o dos traumas de parto como fatores determinantes de lesões cerebrais irreversíveis.

A expressão "Paralisia Cerebral", foi praticamente cunhada por Freud em 1897, onde a expressão empregada foi "Paralisia Cerebral Infantil", dando a entender que o paciente acometido por ela ficará imobilizado, fato este que ocorre somente com uma parcela dos pacientes, como efeito progressivo da hipertonia (excesso de tônus muscular), devido à gravidade da lesão ou quando há inadequação ou ausência da fisioterapia. Como não havia fisioterapia no Século XIX, pode-se concluir a razão da expressão. Em virtude da má colocação verbal na identificação desta "patologia" alguns especialistas têm adotado o termo "Incapacidade Motora Cerebral - IMC", procurando evitar qualquer tipo de associação, do termo, com julgamento da capacidade mental da pessoa (quando esta capacidade é afetada, trata-se deficiências múltiplas).

ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
A paralisia Cerebral apresenta um conglomerado de complexidades. A literatura refere-se a PC, como decorrência da falta de oxigenação do tecido nervoso ou alguma agressão relacionada ao cérebro imediatamente antes, durante ou após o processo de nascimento. Os padrões da agressão ao cérebro caem em padrões que não são sempre concisamente organizados.

As categorizações iniciais dos tipos de PC têm-se mostrado inconsistentes, pois uma única criança pode mudar de uma categoria diagnóstica para outra durante o processo de maturação.

"A natureza da deficiência motora varia de acordo com a época, localização e grau em que a lesão cerebral tenha ocorrido (Eliasson et. Al., 1996)".
Usualmente dividem-se as lesões cerebrais em três tipos:

Pré Parto - Esta classificação esta relacionada com a ameaça de aborto, choque direto no abdômen na mãe, exposição aos raios-X nos primeiros meses de gestação, incompatibilidade de Rh da mãe e do pai, infecções contraídas pela mãe durante a gravidez (rubéola, sífilis, toxoplasmose), mãe portadora de diabetes ou com toxemia de gravidez e hipertensão da gestante.

Parto - Neste período pode-se ocorrer uma falta de oxigenação ao nascimento da criança (o bebê demora a respirar, lesando parte(s) do cérebro). Em uma revisão bibliográfica identifica-se facilmente as lesões causas por partos difíceis, principalmente nos fetos muito grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal). Um parto muito demorado ou o uso do Fórceps, manobras obstétricas violentas e os bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos de 2 quilos), possuem um maior risco de apresentar paralisia cerebral.

Pós Parto - O período recém-nato, também apresenta os seus riscos e a literatura cita casos de crianças que ao passarem por um longo período de febre muito alta (39ºC ou superior) logo nos primeiros meses de vida ou que sofreram uma desidratação com perda significativa de líquidos, adquiriram lesões cerebrais, acarretando em incapacidades motoras e sensoriais como seqüelas. Não só nestes casos, mas também, em casos de infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite, ferimento ou traumatismo na cabeça, falta de oxigênio por afogamento (asfixia), envenenamento por gás ou por chumbo (utilizado no esmalte cerâmico, nos pesticidas agrícolas e outros venenos), além do sarampo e o traumatismo crânio-encefálico até os três anos de idade, são fatores de risco para a paralisia cerebral.


FONTE: wgate.com.br

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