quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Paralisia Cerebral - Parte V


Dependendo da distribuição do comprometimento motor, classifica-se a paralisia cerebral em 3 tipos:
  1. Tetraparesia: é o comprometimento global, em que tanto os membros superiores como inferiores estão alterados com a mesma gravidade. Geralmente aqui existe um atraso do desenvolvimento motor importante, e, de forma geral, o potencial de independência, nestas crianças, é bastante limitado.
  2. Diparesia: o comprometimento é mais acentuado nos membros inferiores que nos superiores, ou seja, a função das mãos é mais preservada. Neste caso, a possibilidade de adquirir mais independência é maior.
  3. Hemiparesia ou Paralisia Unilateral: é o comprometimento de um lado do corpo, direito ou esquerdo, dependendo do lado (hemisfério) do cérebro que foi lesado. A grande maioria das crianças hemiparéticas vai ter um bom desenvolvimento global, porém, muitas vezes, a principal dificuldade decorre de problemas de comportamento ou de compreensão.

Paralisia Cerebral - Parte IV

TÓPICOS A SEREM AVALIADOSO termo paralisia cerebral implica em alterações do movimento, mas a presença de outros distúrbios deve ser investigada e o sucesso do tratamento depende da abordagem correta de todos os problemas associados. Tais como: 
  • Retardo mental;
  • Epilepsia;
  • Alterações visuais;
  • Deficiências auditivas;
  • Dificuldade de alimentação;
  • Constipação Intestinal.
DEVOLUTIVA PARA OS PAISOs pais chegam para uma avaliação fisioterápica, vindos de muitos exames, muitos médicos e geralmente com muita ansiedade e expectativa. Eles deparam-se com situações novas que nunca imaginaram passar. É importante que sejam positivos e realistas.

O fisioterapeuta deve auxiliá-los a descobrir os aspectos positivos dos seus filhos e também a necessidade de sua participação no tratamento para que haja bons resultados.

Muitas duvidas poderão ser questionadas, mas a maior parte delas as respostas virão com mais facilidade no decorrer do tratamento, uma vez que "cada criança é uma criança", existe a capacidade de resposta do cérebro e a capacidade de adaptação exclusiva de cada paciente.

PROGRAMA DE TRATAMENTO


O programa de tratamento é feito de acordo com a criança. Nunca deve ser copiado, pois este deverá ser estabelecido de acordo com suas características, sua vida e em que fase se encontra, os aspectos à serem desenvolvidos, a freqüência de atendimento etc.

No principio do tratamento, aconselha-se serem tiradas fotos ou ser feito vídeo da criança, a fim de que possa acompanhar a evolução. As fotos ou vídeos devem registrar as principais posturas a serem avaliadas

O programa deve visar metas de curto e de longo prazos, sendo estas direcionadas para a qualidade dos movimentos, para a função e melhor controle postural nas diferentes posturas e movimentos. Dentro do programa, deve constar também as recomendações para a avaliação em outros setores se necessária; orientações para casa e escola; uso de equipamentos para posicionamento etc.

A freqüência no programa de fisioterapia depende das condições da criança e da família; mas o maior número de vezes por semana geralmente leva a melhores resultados.


ALTA DO FISIOTERAPEUTA



Pelo grande comprometimento motor, geralmente o paciente permanece longos períodos em tratamento. O objetivo é dar-lhe maior independência possível e integração dentro da sociedade produtiva.

Ao chegar numa fase de platô, quando sua evolução se torna estacionária, deve-se liberá-lo de terapia sistemática.

A alta do paciente portador de PC deve ser estudada com o paciente e a família, principalmente quando o paciente é adolescente ou adulto jovem, tendo terminado a fase de crescimento. 
Porém, esta não deve significar desligamento total do tratamento, pois há necessidade de revisões e orientações periódicas, uma vez que há tendência à retrações musculares, diminuição da mobilidade e mesmo das atividades funcionais. Se não houver uma manutenção adequada, pode-se, assim perder a mobilidade e função adquirida.


FONTE: wgate.com.br

Paralisia Cerebral - Parte III

CATEGORIZAÇÃO DIAGNÓSTICA DAS CARACTERÍSTICAS DA PARALISIA CEREBRALEm geral, o diagnóstico de paralisia cerebral sugere que o individuo em questão tem algum distúrbio central de postura e movimento. Além disso, o processo de identificação com freqüência mostra partes do corpo que estão primariamente envolvidas. Diplegia, hemiplegia e quadriplegia indicam respectivamente que os membros inferiores, um lado do corpo, ou os quatro membros, estão afetados.

O fisioterapeuta precisa estar consciente de que a categorização da paralisia cerebral é baseada em descrições de características observáveis: é uma descrição sintomática. Tanto o 
Dr. Little, quem primeiro identificou a condição com Dr. Freud, estavam descrevendo as tentativas espontâneas de movimento fora da postura de repouso. Esses padrões de movimento característicos foram identificados como espasticidade, atetose, hipotonicidade e ataxia.


ESPASTICIDADE



Quando a lesão está localizada na área responsável pelo início dos movimentos voluntários, trato piramidal, o tônus muscular é aumentado, isto é, os músculos são tensos e os reflexos tendinosos são exacerbados. Esta condição é chamada de paralisia cerebral espástica.

As crianças com envolvimento dos braços, das pernas, tronco e cabeça (envolvimento total) têm tetraplegia espástica e são mais dependentes da ajuda de outras pessoas para a alimentação, higiene e locomoção. A tetraplegia está geralmente relacionada com problemas que determinam sofrimento cerebral difuso grave (infecções, hipóxia e traumas) ou com malformações cerebrais graves.

Quando a lesão atinge principalmente a porção do trato piramidal responsável pelos movimentos das pernas, localizada em uma área mais próxima dos ventrículos (cavidades do cérebro), a forma clínica é a diplegia espástica, na qual o envolvimento dos membros inferiores é maior do que dos membros superiores. A região periventricular é muito vascularizada e os prematuros, por causa da imaturidade cerebral, com muita freqüência apresentam hemorragia nesta área. As alterações tardias provocadas por esta hemorragia podem ser visualizadas com o auxílio da neuroimagem (leucomalácea periventricular). Por este motivo, a diplegia espástica é quase sempre relacionada com prematuridade. Esta forma é menos grave do que a tetraplegia e a grande maioria das crianças adquirem marcha independente antes dos oito anos de idade.

Na hemiplegia espástica, são observadas alterações do movimento em um lado do corpo, como por exemplo, perna e braço esquerdos. As causas mais freqüentes são alguns tipos de malformação cerebral, acidentes vasculares ocorridos ainda na vida intra-uterina e traumatismos cranio-encefálicos. As crianças com este tipo de envolvimento apresentam bom prognóstico motor e adquirem marcha independente. Algumas apresentam um tipo de distúrbio sensorial que impede ou dificulta o reconhecimento de formas e texturas com a mão do lado da hemiplegia. Estas crianças têm muito mais dificuldade para usar a mão.

As crianças com espasticidade tendem a desenvolver deformidades articulares porque o músculo espástico não tem crescimento normal. Flexão e rotação interna dos quadris, flexão dos joelhos e equinismo são as deformidades mais freqüentes nas crianças que adquirem marcha. Além destas, as crianças com tetraplegia espástica podem desenvolver ainda, luxação paralítica dos quadris e escoliose.


ATETOSEQuando a lesão está localizada nas áreas que modificam ou regulam o movimento, trato extrapiramidal, a criança apresenta movimentos involuntários, movimentos que estão fora de seu controle e os movimentos voluntários estão prejudicados.

Esta condição é definida como paralisia cerebral com movimentos involuntários forma coreoatetósica ou distônica. O termo coreoatetose é usado para definir a associação de movimentos involuntários contínuos, uniformes e lentos (atetósicos) e rápidos, arrítmicos e de início súbito (coreicos). A criança com PC tipo distônica apresenta movimentos intermitentes de torção devido a contração simultânea da musculatura agonista e antagonista, muitas vezes acometendo somente um lado do corpo. A PC com movimentos involuntários está freqüentemente relacionada com lesão dos gânglios da base (núcleos localizados no centro do cérebro, formados pelos corpos dos neurônios que compõem o trato extra-piramidal), causada por hiperbilirrubinemia neonatal. A bilirrubina é um pigmento amarelo liberado das hemácias (células do sangue que transportam o oxigênio) quando elas se rompem. Nas incompatibilidades sanguíneas, este pigmento pode ser liberado em grande quantidade. O recém-nascido torna-se ictérico (a pele e as conjuntivas assumem uma cor de tonalidade amarela). Assim como esse pigmento se deposita na pele, pode se depositar também nos gânglios da base. Os movimentos involuntários podem ser leves ou acentuados e são raramente observados durante o primeiro ano de vida. Nas formas graves, antes desta idade a criança apresenta hipotonia (tônus muscular diminuído) e o desenvolvimento motor é bastante atrasado. Muitas crianças não são capazes de falar, andar ou realizar movimentos voluntários funcionais e são, portanto, dependentes para a alimentação, locomoção e higiene.


HIPOTONICIDADE




A hipotonicidade é outra categoria de PC, mas pode também mascarar condições degenerativas não diagnosticadas. O quadro hipotônico em um bebê jovem pode também ser um precursor de atetose.



ATAXIA
A paralisia cerebral atáxica está relacionada com lesões cerebelares ou das vias cerebelares. 
Como a função principal do cerebelo é controlar o equilíbrio e coordenar os movimentos, as crianças com lesão cerebelar apresentam ataxia, ou seja, marcha cambaleante por causa da deficiência de equilíbrio, e apresentam, ainda incoordenação dos movimentos com incapacidade para realizar movimentos alternados rápidos e dificuldade para atingir um alvo. 
Por exemplo, se a criança for apertar um botão que liga/desliga um aparelho elétrico com o seu indicador, ela tem dificuldade para comandar o movimento de maneira a colocar o dedo exatamente sobre o botão e no final do movimento observa-se um tremor grosso. Quando a lesão é muito extensa, o atraso do desenvolvimento motor é importante e é possível que a criança nunca seja capaz de andar sem apoio. Assim como nas formas extrapiramidais de PC, durante o primeiro ano de vida, a alteração observada é a hipotonia. A alteração mais freqüentemente encontrada é ataxia associada a sinais piramidais (tônus muscular aumentado e reflexos tendinosos exacerbados). Ataxia pura em crianças com PC é rara.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

PARALISIA CEREBRAL - Parte II

PROCESSO EVOLUTIVO
Para uma maior compreensão do processo evolutivo da PC, torna-se necessários alguns conhecimentos sobre neuro-desenvolvimento embrionário e fetal humano normal, onde os aspectos anatômicos e funcionais do sistema nervoso da criança e do adulto, quando bem compreendidos facilitam a distinção das malformações, anormalidades estruturais ou agressões exógenas sobre o sistema nervoso central (SNC).

O desenvolvimento do neocórtex humano envolve multiplicação celular, migração, diferenciação, amadurecimento dos neurônios, da glia e dos vasos sanguíneos.

O conhecimento destas etapas facilita o raciocínio aprimorado dos mecanismos responsáveis pelas diferentes alterações neurológicas a partir de lesões congênitas ou adquiridas no período pré e perinatal.

O desenvolvimento do cérebro tem início logo após a concepção e continua após o nascimento. 
Ocorrendo qualquer fator agressivo ao tecido cerebral antes, durante ou após o parto, as áreas mais atingidas terão a função prejudicada e dependendo da importância da agressão, certas alterações serão permanentes caracterizando uma lesão não progressiva. 

Dentre os fatores potencialmente determinantes de lesão cerebral irreversível, os mais comumente observados são infecções do sistema nervoso, hipóxia (falta de oxigênio) e traumas de crânio. O desenvolvimento anormal do cérebro pode também estar relacionado com uma desordem genética, e nestas circunstâncias, geralmente, observa-se outras alterações primárias além da cerebral. Em muitas crianças, a lesão ocorre nos primeiros meses de gestação e a causa é desconhecida.


DIAGNÓSTICO
O tipo de alteração do movimento observado está relacionado com a localização da lesão no cérebro e a gravidade das alterações depende da extensão da lesão. A PC é classificada de acordo com a alteração de movimento que predomina.Formas mistas são também observadas.

Dificuldade de sucção, tônus muscular diminuído, alterações da postura e atraso para firmar a cabeça, sorrir e rolar são sinais precoces que chamam a atenção para a necessidade de avaliações mais detalhadas e acompanhamento neurológico. 

A história clínica deve ser completa e o exame neurológico deve incluir a pesquisa dos reflexos primitivos (próprios do recém-nascido), porque a persistência de certos reflexos além dos seis meses de idade pode indicar presença de lesão cerebral. Reflexos são movimentos automáticos que o corpo faz em resposta a um estímulo específico. O reflexo primitivo mais conhecido é o reflexo de Moro que pode ser assim descrito: quando a criança é colocada deitada de costas em uma mesa sobre a palma da mão de quem examina, a retirada brusca da mão causa um movimento súbito da região cervical, o qual inicia a resposta que consiste inicialmente de abdução (abertura) e extensão dos braços com as mãos abertas seguida de adução (fechamento) dos braços como em um abraço. Este reflexo é normalmente observado no recém-nascido, mas com a maturação cerebral, respostas automáticas como esta são inibidas. O reflexo de Moro é apenas um dentre os vários comumente pesquisados pelo pediatra ou fisioterapeuta. 

Depois de colhida a história clínica e realizado o exame neurológico, o próximo passo é afastar a possibilidade de outras condições clínicas ou doenças que também evoluem com atraso do desenvolvimento neurológico ou alterações do movimento como as descritas anteriormente. 
Exames de laboratório (sangue e urina) ou neuroimagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) poderão ser indicados de acordo com a história e as alterações encontradas ao exame neurológico. Estes exames, em muitas situações, esclarecem a causa da paralisia cerebral ou podem confirmar o diagnóstico de outras doenças.


FONTE: wgate.com.br

Paralisia Cerebral - Parte I


No nome PARALISIA CEREBRAL, o termo "Paralisia" (Grego=Paralysis) - Fraqueza/ perda da função motora e/ou sensorial. Cerebral - Pertencente ou relativo ao cérebro.

HISTÓRICO
A Paralisia Cerebral (PC), foi descrita pela primeira vez em 1860 pelo Dr. William Little, tendo relacionado estas alterações com a hipóxia perinatal o dos traumas de parto como fatores determinantes de lesões cerebrais irreversíveis.

A expressão "Paralisia Cerebral", foi praticamente cunhada por Freud em 1897, onde a expressão empregada foi "Paralisia Cerebral Infantil", dando a entender que o paciente acometido por ela ficará imobilizado, fato este que ocorre somente com uma parcela dos pacientes, como efeito progressivo da hipertonia (excesso de tônus muscular), devido à gravidade da lesão ou quando há inadequação ou ausência da fisioterapia. Como não havia fisioterapia no Século XIX, pode-se concluir a razão da expressão. Em virtude da má colocação verbal na identificação desta "patologia" alguns especialistas têm adotado o termo "Incapacidade Motora Cerebral - IMC", procurando evitar qualquer tipo de associação, do termo, com julgamento da capacidade mental da pessoa (quando esta capacidade é afetada, trata-se deficiências múltiplas).

ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
A paralisia Cerebral apresenta um conglomerado de complexidades. A literatura refere-se a PC, como decorrência da falta de oxigenação do tecido nervoso ou alguma agressão relacionada ao cérebro imediatamente antes, durante ou após o processo de nascimento. Os padrões da agressão ao cérebro caem em padrões que não são sempre concisamente organizados.

As categorizações iniciais dos tipos de PC têm-se mostrado inconsistentes, pois uma única criança pode mudar de uma categoria diagnóstica para outra durante o processo de maturação.

"A natureza da deficiência motora varia de acordo com a época, localização e grau em que a lesão cerebral tenha ocorrido (Eliasson et. Al., 1996)".
Usualmente dividem-se as lesões cerebrais em três tipos:

Pré Parto - Esta classificação esta relacionada com a ameaça de aborto, choque direto no abdômen na mãe, exposição aos raios-X nos primeiros meses de gestação, incompatibilidade de Rh da mãe e do pai, infecções contraídas pela mãe durante a gravidez (rubéola, sífilis, toxoplasmose), mãe portadora de diabetes ou com toxemia de gravidez e hipertensão da gestante.

Parto - Neste período pode-se ocorrer uma falta de oxigenação ao nascimento da criança (o bebê demora a respirar, lesando parte(s) do cérebro). Em uma revisão bibliográfica identifica-se facilmente as lesões causas por partos difíceis, principalmente nos fetos muito grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal). Um parto muito demorado ou o uso do Fórceps, manobras obstétricas violentas e os bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos de 2 quilos), possuem um maior risco de apresentar paralisia cerebral.

Pós Parto - O período recém-nato, também apresenta os seus riscos e a literatura cita casos de crianças que ao passarem por um longo período de febre muito alta (39ºC ou superior) logo nos primeiros meses de vida ou que sofreram uma desidratação com perda significativa de líquidos, adquiriram lesões cerebrais, acarretando em incapacidades motoras e sensoriais como seqüelas. Não só nestes casos, mas também, em casos de infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite, ferimento ou traumatismo na cabeça, falta de oxigênio por afogamento (asfixia), envenenamento por gás ou por chumbo (utilizado no esmalte cerâmico, nos pesticidas agrícolas e outros venenos), além do sarampo e o traumatismo crânio-encefálico até os três anos de idade, são fatores de risco para a paralisia cerebral.


FONTE: wgate.com.br

Paralisia Cerebral


Vamos tratar em alguns tópicos o que e a PARALISIA CEREBRAL (PC), sua origem, diagnostico e tratamento.
Segue um breve resumo sobre a desordem motora.


A importância do tratamento fisioterapêutico no idoso


O tratamento fisioterapêutico pode ser necessário em qualquer fase da vida, porém no idoso tem uma importância não só de tratamento, como de prevenção. A marcha normal depende do bom funcionamento dos sistemas nervoso, osteomuscular, circulatório e respiratório de forma altamente organizada. Por associação de disfunção em alguns desses sistemas é comum o idoso apresentar alteração da marcha, o que pode ser um fator de risco para quedas e suas conseqüentes complicações.
Vemos, já nesse caso, uma situação onde há o importante uso da fisioterapia de forma preventiva.

Importante também, como preventiva, nos pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (popular derrame) para que se evite subluxação do ombro (tão comum nesses pacientes devido à perda da força muscular da região), ou para que se evite posturas viciosas, se melhore a marcha e se preserve as articulações e o próprio aparelho respiratório.

Alguns quadros de alteração física são bastante comuns em idosos, como a dor articular que dobra nos idosos maiores de 65 anos, as artrites ou a dor lombar que afeta 45% dos pacientes acima de 65 anos. Para esses pacientes a fisioterapia tem importante papel no tratamento analgésico e antiinflamatório, favorecendo o menor uso de medicamentos.

Podemos enumerar como pontos importantes do tratamento fisioterapêutico no idoso:

- tratamento dos quadros inflamatórios
- tratamento de seqüelas de acidente vascular encefálico
- tratamento do paciente com imobilização prolongada, independente da causa
- tratamento dos quadros osteodegenerativos
- tratamento preventivo nos quadros demenciais

Fator importante a ser considerado é a participação dos familiares no tratamento. Uma medida básica que podem adotar é a higienização ambiental, ou seja, melhorarem a iluminação por onde circula o idoso, retirar pequenos objetos, como brinquedos do chão, evitar animais domésticos dentro de casa, evitar o uso de tapetes, principalmente ao lado da cama do idoso.

A importância do tratamento fisioterapêutico precoce é buscar manter a independência ou a menor dependência possível do idoso afligido por alguma doença limitante de sua autonomia.

Sempre é bom lembrar que o uso de medicamentos deve ser feito de forma criteriosa e sempre com acompanhamento médico, principalmente os antiinflamatórios, os quais podem trazer efeitos adversos ao idoso.

Antes de terminarmos esse artigo vamos rever os principais fatores que levam a quedas em idosos. Esse conhecimento faz parte do tratamento fisioterapêutico, além de favorecer a prevenção. Fatores que levam a quedas:

- diminuição do sistema sensório motor
- processo infeccioso
- hipotensão ortostática (pressão baixa quando o paciente fica em pé)
- transtornos cognitivos (Alzheimer, Parkinson)
- diminuição da acuidade visual
- fraqueza muscular
- utilização de medicamentos, principalmente psicotrópicos (diazepam, bromazepam...)
- alteração da marcha
- tapetes no caminho e mal fixados
- calçados não adequados ou mal adaptados aos pés
- deficiência de iluminação
- pequenos objetos, como brinquedos, no caminho
- animais domésticos

A interdisciplinaridade entre médico e fisioterapeuta leva a inúmeros benefícios ao paciente – melhores resultados, menor uso de medicamentos, menor potencial de complicações e seqüelas e principalmente o maior bem estar do paciente.

FONTE: portaldoenvelhecimento.org.br

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA

A Fisioterapia Uroginecológica é uma modalidade que trabalha através da reeducação funcional do assoalho pélvico. Atua na prevenção e no tratamento das diversas disfunções que podem acometer tanto homens quanto mulheres, sendo estes jovens ou idosos. É um tratamento individual, simples, e seguro com ótimos resultados em curto prazo.

A fisioterapia uroginecológica é opção de tratamento preventivo ou conservador de disfunções do assoalho pélvico. Atua na reeducação do assoalho pélvico e na orientação preventiva de perdas involuntárias de urina ou de fezes.

Incontinência Urinária

A incontinência urinária (IU) é definida como sendo qualquer perda involuntária de urina. A IU mais comum é a de esforço caracterizada pela perda involuntária de urina ao tossir, espirrar ou realizar esforço físico, porém outros tipos como a incontinência de urgência (desejo subido e forte de urinar), ou a IU mista também são muito freqüentes.

A IU traz vários tipos de constrangimentos sociais, impede ou dificulta a realização de tarefas da vida diária e pode facilitar a ocorrência de infecções devido ao contato freqüente com urina em protetores.

Disfunção sexual

A sexualidade é um processo amplo e muitas vezes complexo. Projeta-se no corpo todo, não se limitando aos órgãos sexuais ou ao ato sexual. Complexo também quando depende de nossa cultura que diferencia a sexualidade masculina da feminina.

Problemas de disfunção sexual feminina que podem ser tratados com a fisioterapia uroginecológica como a dispaneuria, ou seja, dores no momento da relação sexual, a anorgasmia (falta de orgasmo), o vaginismo, que é a dificuldade de relaxamento da musculatura vaginal no momento da relação e quando há a diminuição da lubrificação vaginal e mesmo da libido. O tratamento para as mulheres é realizado dependendo da causa do problema Podendo  ser em nível vaginal (flacidez da musculatura da vagina) ou do clitóris atrofia ou diminuição circulatória)

O tratamento

O tratamento fisioterápico engloba técnicas de fortalecimento e treinamento da musculatura do assoalho pélvico além de técnicas de reeducação miccional, controle postural e melhora da consciência corporal.

Para a realização destes tratamentos utilizam-se recursos como o bioofeedbak, eletroestimulação, exercícios perineais, ginástica hipopressiva, técnicas comportamentais, e reorganização corporal.

Importância da reeducação postural

A reeducação postural torna-se essencial neste mecanismo continente, uma vez que a pelve, estaticamente equilibrada, contribuirá para a manutenção de um posicionamento correto das vísceras abdominais e um perfeito funcionamento dos órgãos de sustentação, favorecendo, assim, uma correta transmissão das pressões intra-abdominais.

Fisioterapia Uroginecológica melhora e diminui as disfunções da estática lombopélvica, facilitando a função uroesfincteriana e promovendo até a correção de outras disfunções. Os portadores de incontinência urinária, prolapsos e dores relacionados às cicatrizes cirúrgicas no períneo podem e devem ser tratadas por esse método: simples, indolor e eficaz.


FONTE: fisioterapia.com


Para maiores informações sobre FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA entre em contato com a Dra. Elisangela, especialista na área. 

Dicas para os pés


Depois de um longo dia, não tem nada melhor do que chegar em casa e tirar os sapatos. Porém, aquele alívio que normalmente sentimos pode ser um sinal de alerta de que o sapato não está fazendo bem aos pés.
Uma dica que pode ajudar a identificar algum problema ou desvio nos pés é observar a sola dos calçados - a parte que estiver mais desgastada pode indicar uma sobrecarga maior em alguma direção e até mesmo um vício de pisada.
lgumas doenças neurológicas enfraquecem os músculos e podem deixar o pé cavo ou chato, ou seja, ter o pé em algum desses formatos pode ser sintoma de um problema mais sério. Quem tem o pé cavo ou chato deve ficar atento também para o uso das palmilhas, que devem ser feitas sob medida e pré-fabricadas com o material adequado.
Para as mulheres que costumam usar salto alto, o ideal é que eles tenham de 2 a 4 cm – acima disso, o pé sofre com o peso e os músculos da panturrilha podem encurtar. Uma dica que pode ajudar é alternar o salto alto com o salto baixo no dia a dia. Para as crianças, o recomendado é que elas brinquem descalças; se isso não for possível, é recomendado o uso de meias antiderrapantes, nunca chinelos ou sapatos de borracha, que oferecem riscos de acidentes.
O uso prolongado dos calçados, que pode enfraquecer alguns músculos e dar problemas, como tendinites e até mesmo o pé chato. Assim, ficar descalço, é uma das medidas recomendada pelos especialistas como maneira de preservar os pés – portanto, se der para tirar os sapatos e deixar os pés livres, é sempre melhor.

FONTE: G1



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Benefícios da Terapia Manual


A fisioterapia é a ciência da reabilitação, na qual, através de conhecimentos biomecânicos , testes clínicos  e técnicas precisas somos capazes de descobrir, tratar ou prevenir as causas das disfunções e assim, consequentemente, eliminar as dores locais, pois estas, nada mais são do que uma resposta do corpo a essas disfunções.

A fisioterapia manual consiste em utilizar as mãos para recompor a capacidade de reparo do organismo. Assim, a manipulação afeta as propriedades mecânicas dos tecidos como elasticidade, força e alongamento. Ela trata as deficiências neuromusculares decorrentes de lesões musculoesqueléticas, como perda de equilíbrio e de movimento e permite a correção postural, além de causar reações psicológicas que apresentam uma resposta somática traduzida pelo relaxamento e sensação de bem estar.
A terapia manual foi extensivamente pesquisada e pode agir diretamente em problemas comuns da população
 brasileira, como dores na coluna cervical, lombar, dores articulares, tendinites, reabilitações pós-fraturas, dentre
 outras.

Dados da organização mundial de saúde (OMS) revelam que 80% da população mundial terá pelo menos duas 
crises de dor na coluna durante a vida. Nesses casos, tanto para a coluna cervical, quanto para a lombar, 
Os efeitos analgésicos da terapia manual foram estudados e comprovados, reduzindo a dor e os espasmos 
pós-lesão, acelerando a recuperação.

Muitas vezes não entendemos porquê tomamos alguns medicamentos para uma determinada dor e até conseguimos
 até um alivio imediato, porém com o fim do efeito do mesmo, todo o processo doloroso retorna novamente.

A explicação é simples, tratamos apenas a dor, porem não intervimos na causa que pode ser ocasionada por 
inúmeros motivos, tais quais: uma tensão, contratura ou encurtamento muscular,  uma articulação que não 
está se movimentando bem ou um atrito indesejado devido a uma sutil mudança de direção do movimento 
normal dando um aspecto de travamento da mesma, ou até mesmo uma má postura que pode gerar 
desequilíbrios musculares com compressão de raízes nervosas e tendões; ou seja, inúmeros podem ser os 
motivos de uma dor aguda ou crônica.

Em qualquer um desses exemplos citados, sabemos que um simples comprimido de analgésico ou anti-inflamatório
 não seriam capazes de mudar o agente causador do problema, muito menos intervir em questões posturais, e
 talvez poderia até mesmo, mascarar uma lesão que pode ser agravada pela falsa sensação de alivio desativando 
o nosso alarme do organismo que mostra que o corpo está sendo agredido.

Inúmeros pesquisadores que estudam a terapia manual, mostraram em seus trabalhos científicos a grande 
eficiência da mesma em casos de lesões musculoesqueléticas, quando comparadas a técnicas de tratamento 
tradicional como o uso de medicamentos, repouso e até mesmo procedimentos cirúrgicos.

Outro aspecto também analisado sobre a eficiência da terapia manual nesses tratamentos foi o baixo índice
 de reincidências do problema, uma vez que, após a resolução do problema, são propostos também exercícios
 de fortalecimento, estabilidade, equilíbrio, alongamentos e orientações posturais, prevenindo assim, possíveis
 novos desequilíbrios e lesões!

Podemos afirmar seguramente que a fisioterapia manual vem cada dia conquistando um numero maior de 
adeptos, já que apresenta resultados de sucesso devido a sua filosofia de tratamento baseada na busca 
da causa mecânica das lesões do sistema musculoesquelético e não apenas o alivio imediato dos medicamentos.    

Por Dr. Tito Almeida em Revista Entrevip

Fisioterapia no bebê com síndrome de Down


O bebê que tem  síndrome de Down requer alguns cuidados após o nascimento e ao longo de seu desenvolvimento, por conta das características decorrentes da trissomia 21.
Uma dessas características é a hipotonia muscular  (os bebês nascem mais “molinhos”) e a frouxidão dos ligamentos(juntas flexíveis). Por isso, o bebê tende a manter uma postura mais relaxada, já que seus músculos são menos tensionados e as articulações são mais frouxas.
A fisioterapia pode colaborar especificamente para o desenvolvimento motor da criança, ajudando-a se movimentar de maneira correta e no fortalecimento físico. No entanto, ressaltamos que o bebê só deve iniciar a atividade após autorização do médico que o acompanha. No caso de crianças com síndrome de Down que nascem com algum tipo de cardiopatia grave, por exemplo, qualquer exercício é contraindicado até que o problema seja tratado.
A participação dos pais e familiares nesta fisioterapia é fundamental, tanto no sentido de troca com o terapeuta – os pais poderão explicar melhor o contexto em que a criança vive, bem como relatar seu desenvolvimento – como para garantir a continuidade desta terapia em casa, no dia a dia, incluída na rotina doméstica.
O bebê pode começar a fisioterapia desde o nascimento para que, com os exercícios, consiga sustentar o pescoço, rolar, sentar-se, arrastar-se, engatinhar, ficar em pé e andar, minimizando os efeitos motores da síndrome de Down.
Nos primeiros seis meses de vida, as atividades propostas na fisioterapia são chamadas de estimulação precoce, pois devem começar já desde o nascimento. A fisioterapia pode facilitar o desenvolvimento motor do bebê por meio de exercícios e em casa. Desde que orientados por um profissional, os pais também podem ajudar.

FONTE: http://www.movimentodown.org.br

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013


Como manter uma postura correta na hora de dormir


É complicado falar em postura ideal na hora de dormir, afinal neste momento não estamos conscientes das nossas ações. Mas essa postura pode fazer uma grande diferença em relação ao bem-estar no resto do dia.
A posição mais indicada para dormir é a lateral, com as pernas dobradas à aproximadamente 90º e a colocação de uma almofada fina entre os joelhos. Isso serve para igualar a distância da largura entre os joelhos com a dos quadris e evitar rotação na região lombar. É preciso atenção também em relação à altura do travesseiro, que deve preencher exatamente o espaço entre a cama e a orelha, permitindo que a coluna fique alinhada com a cabeça. O colchão deve ter a densidade correspondente ao peso da pessoa. Se julgar necessário, também poderá ser utilizado um travesseiro à frente do corpo onde o braço poderá ser descansado. Esta última dica é bastante importante para quem sente desconfortos no pescoço e na região cervical.
Dormir em decúbito dorsal (barriga para cima) pode ser uma segunda opção, porém nesta posição é aconselhável utilizar um travesseiro baixo e colocar um rolinho (almofada, edredon) embaixo dos joelhos para gerar uma leve flexão dos mesmos e permitir que a região lombar fique bem apoiada e descansada.
A postura que deve ser evitada é o decúbito ventral (barriga para baixo), pois coloca a região cervical numa amplitude de movimento muito grande (sempre rodada ao máximo para um dos lados) e gera uma intensa sobrecarga na região lombar por forçar a lordose,  curvatura fisiológica dessa região.
Alguns exercícios de alongamentos ajudam a relaxar a musculatura e preparar o corpo para a sobrecarga do dia-a-dia. Lembrando que não há horário melhor para realizá-los, mas que a regularidade pode fazer a diferença. Lembre-se, criar bons hábitos não é fácil, requer muita disciplina e boa vontade. O resultado, no entanto, é sempre positivo.

FONTE: http://veja.abril.com.br

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

MOTOCICLISTAS SÃO 95% DOS PACIENTES DO HC COM LESÕES GRAVES EM OMBRO

Levantamento do Hospital das Clínicas de São Paulo aponta que 95% dos pacientes atendidos com lesões graves no ombro no hospital são vítimas de acidentes com moto.

O número de pacientes atendidos no HC por conta de desligamentos dos nervos entre a coluna e o braço aumento 600% nos últimos 10 anos, de acordo com o levantamento do hospital. Em 2002, foram registrados 11 casos e, no ano passado, foram 78.

Segundo o ortopedista Marcelo Rosa de Rezende, esta é uma lesão extremamente complexa, com alto grau de sequelas, caracterizada pela perda de movimentos e sensibilidade do membro superior. "Em muitos casos, associa-se a dor crônica de difícil tratamento", disse. A idade média destes lesionados caiu de 38 para 31 anos.

Em um acidente, não há como evitar este tipo de lesão, pois ela independe do uso de equipamentos de segurança. O mecanismo do trauma está ligado a um estiramento da cabeça em relação ao ombro, o que leva ao esgarçamento dos nervos que vão para o membro superior.

"Estes pacientes têm sequelas importantes que comprometem as suas inserções no mercado de trabalho", afirmou o ortopedista. 


FONTE: Folha

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CASAL MANTÉM FILHO VIVO BOMBEANDO SACO RESSUCITADOR 24 HORAS POR DIA

Após sua história ganhar a mídia e gerar polêmica na China, um casal vai finalmente receber ajuda depois de manter o filho vivo por anos bombeando um saco ressuscitador 24 horas por dia, sete dias por semana, na província de Zhejiang. Fu Xuepeng, que trabalhava como mecânico, ficou tetraplégico aos 23 anos em março de 2006, após sofrer um acidente de carro.

Desde então, sua mãe, Wang Lanqin, e pai, Fu Minzu, se revezam pressionando o dispositivo para ajudar o filho a respirar, já que o casal não pode arcar com os custos de uma internação hospitalar.

As mãos deles chegaram a ficar deformadas depois de dois anos bombeando, segundo informações da mídia estatal. O trabalho só foi aliviado depois que eles construíram um ventilador mecânico caseiro com a ajuda de parentes.

O problema é que a máquina consumia muita energia e acrescia à conta de luz cerca de 5 a 6 yuan por dia, caso permanecesse ligada 24 horas. Para minimizar os custos, o casal manteve a respiração do filho com o saco ressuscitador durante o dia e só ligava a máquina durante a noite.



A história do casal acabou amplamente divulgada pela imprensa chinesa, o que provocou uma enxurrada de doações ao casal, fazendo também com que um hospital local anunciasse  ajuda.

Em entrevista ao jornal “China Daily”, o pai Fu Minzu afirmou que “nem por um segundo” pensou em desistir. "Nenhum pai desiste de seu filho, enquanto há uma pequena chance dele viver", disse o agricultor de 67 anos.


Embora o jovem esteja com os movimentos paralisados do pescoço para baixo, ele está consciente. "Muitas pessoas, incluindo funcionários do governo, ofereceram ajuda desde que um jornal publicou a nossa história. Médicos vêm realizando consultas, mas sem uma boa notícia", disse o jovem, que consegue falar com grande esforço, por um curto período de tempo.


Fu Xuepeng afirmou ainda que gostaria de passar por uma operação, mesmo que houvesse apenas 1% de chance de sucesso. "Não sei se terei uma chance nesta vida de pagar de volta aos meus pais o que eles fizeram por mim", afirmou.

FONTE: fisioterapia atual

Tragédia em Santa Maria - Intoxicação e consequências


No dia 27 do mês passado, todos os meios de comunicação noticiavam a tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul: um incêndio em uma boate matou 236 jovens e centenas foram internados em decorrência desta fatalidade. Mas ao contrário de queimaduras, boa parte das lesões foi atribuída a asfixia por inalação da fumaça tóxica.
Função do sistema respiratório
Além da respiração pulmonar, pela absorção do oxigênio para funcionamento de todas as células corporais e eliminação do gás carbônico, os pulmões também ajudam a regular o nível de água e temperatura corporal, além de fazerem a manutenção do pH do organismo.
Monóxido de carbono
O monóxido de carbono que se forma a partir da queima de materiais, entra pelo pulmão e cai na corrente sanguínea, ocupando espaço nos glóbulos vermelhos onde deveria estar o oxigênio. Quando os glóbulos vermelhos ficam tomados por monóxido de carbono, não conseguem transportar oxigênio, o que provoca a morte.
Fumaça tóxica e quente
No caso de incêndios, a fumaça inalada é perigosa não apenas por carregar toxinas, como também por sua alta temperatura. A fumaça gerada pela combustão de produtos plásticos já é altamente tóxica. Mas, além disso, a alta temperatura dessa fumaça causa lesões na traqueia e nos brônquios, chegando até os alvéolos. Quando a fumaça muito quente é inalada, os brônquios da pessoa se fecham: sofre pela falta de ar e pode sentir dor, porque a traqueia tem nervos que dão sensação de dor e a combinação da inalação do monóxido de carbono com a lesão térmica leva ao óbito em poucos minutos.
Sequelas
Muitos pacientes que sobrevivem a tragédias como a ocorrida em Santa Maria recuperam-se completamente, pois o monóxido de carbono vai sendo liberado e há mínimas sequelas. Apenas em casos em que a oxigenação ficou baixa durante muito tempo pode haver sequelas neurológicas. Na lesão térmica e química, a longo prazo, a cicatrização pode levar a doenças crônicas, como ocorre com fumantes. Em casos mais sérios, pode haver limitação das atividades normais do paciente. Outra consequência grave de lesões térmicas é que as queimaduras nas vias respiratórias tiram a proteção natural dos tecidos e deixam a pessoa mais vulnerável a infecções. A destruição da camada interna dos brônquios e da traqueia favorece infecções e muitos morrem, mais tarde, em decorrência disto. As infecções são uma causa comum de morte entre queimados, seja o local exposto a pele ou o pulmão. Há também, entre os sobreviventes de incêndios, o acúmulo, dentro do pulmão, de partículas sólidas dos produtos em combustão, carregadas pela fumaça.
Trauma emocional
Depende da pessoa e do que ela vivenciou. Transtorno de estresse pós-traumático, transtornos de ansiedade e depressão são comuns nesses casos.

FONTE: http://www.notisul.com.br

Deficiências - Mario Quintana



"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz".

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E "Miserável" somos todos que não conseguimos falar com Deus.

domingo, 10 de fevereiro de 2013


As 5 fases da doença e do luto!

Tem se tornado cada vez mais comum encontrarmos pessoas com diagnósticos de doenças progressivas, incuráveis, com sequelas graves ou mesmo aquelas que sofrem com o luto ou perda de alguém querido. 
Eis então uma grande questão: Como lidar com essas pessoas, seus sentimentos e perspectivas?

Elizabeth Kubler-Ross, psiquiatra suíça, radicada nos EUA, ficou famosa mundialmente por seus escritos e trabalho com a terminalidade da vida. Em 1969, escreveu o seu livro mais importante e que causou grande impacto na área dos cuidados de saúde, On Death and Dying (Sobre a Morte e o Morrer), em que fala dos estágios pelos quais as pessoas passam quando estão na fase final de vida: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

É certo que não apenas as pessoas em fase terminais passam por esses estágios, quaisquer "anormalidades" em relação à saúde, podem gerar esses sentimentos. E o mais interessante é que não existe um tempo certo ou estimado para que o paciente permaneça em cada estágio. Há quem fique na fase de negação por meses, ou aqueles que barganham a todo tempo pela cura, já outros com uma incrível e surpreendente força, aceitam de frente a nova rotina.

Segue a descrição de cada um dos estágios para que possamos entender e apoiar, aqueles que amamos, cuidamos e atendemos.


  1. NEGAÇÃO: O paciente quando confrontado com a nova realidade, nega a verdade que lhe foi dita. Uma fase de choque inicial onde o paciente tende a negar a possibilidade do ocorrido, como uma forma de defesa. Comumente ele evita chorar ou manifestar de alguma forma a dor;
  2. RAIVA: Após o período de negação o paciente tende a questionar: POR QUÊ EU? Ele manifesta sua raiva colocando muitas vezes a culpa em outras pessoas, causando em muitos casos o sentimento de culpa naqueles que o cercam. E uma fase onde acima de tudo devemos escutar e tolerar o paciente;
  3. BARGANHA: Após o período de raiva o paciente começa a procurar formas de restabelecer a situação ou de aumentar os seu tempo de vida. Ele busca acordos, formas, dicas e orientação que possam melhorar seu estado. De forma geral os pacientes encontram escape na religiosidade, através de promessas, rezas e pactos que possam ajuda-los;
  4. DEPRESSÃO: Quando a doença já não mais pode ser negada, quando se revoltar contra os acontecimentos já não funciona mais e muitas vezes quando o paciente já está bem debilitado. Ele passa por uma fase de introspecção, onde procura o isolamento. A depressão pode aparecer de várias formas: em geral é caracterizada por uma sentimento de frustração, desesperança e amargura;
  5.  ACEITAÇÃO: É a fase onde o paciente "baixa as armas", muitos encaram como se a batalha tivesse acabado. Nessa fase a comunicação verbal muitas vezes se torna nula, o que não a faz ser pobre em sentimentos. É importante sempre manter-se perto do paciente para que o mesmo não se sinta abandonado. 
Para os pacientes que não estão em fase terminal, ou para aqueles que estão de luto a 5ª fase, é a fase do recomeço, onde ele entende a sua nova situação e busca forças para adaptar-se a ela. É quando ele percebe que nada pode ser feito pelo que ocorreu, mas muito se tem a fazer pelo por vir. Cabe a família e profissionais de saúde acompanhar o paciente com calma em cada uma das fases e proporcionar o melhor tratamento físico e psicológico a ele. 


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Benefícios da Fisioterapia Domiciliar


Durante muito tempo o conceito de fisioterapia domiciliar ficou restrito à aplicação da terapia à pacientes acamados ou com dificuldade de locomoção. Embora estes ainda sejam os principais usuários das terapias de Home Care, cada vez cresce mais o interesse da população em geral para este tipo de intervenção, em função das grandes vantagens oferecidas. Atualmente, nota-se uma crescente tendência à valorização do atendimento de fisioterapia domiciliar. A existência de aparelhos compactos permite que o fisioterapeuta vá até o paciente, mantendo o padrão do atendimento, que antes só era conseguido nas clínicas.
Dentre os principais pontos positivos que o tratamento domiciliar oferece, destacam-se: 
  • As sessões de Fisioterapia são realizadas no conforto da sua casa
  • Não se perde tempo com deslocamentos
  • Há flexibilidade de horários. Você não precisa ficar restrito ao horário comercial pois a terapia pode ser feita em fins de semana ou feriados dependendo de o caso necessitar de fisioterapia ininterrupta
  • Não é necessário aguardar em salas de espera
  • Aparelhos compactos e de fácil transporte
  • Análise do ambiente permitindo detecção de barreiras arquitetônicas que possam dificultar a locomoção do paciente, bem como identificação de potenciais riscos para quedas ou acidentes
  • Maior comodidade e facilidade para os pacientes que dependem de alguém que os leve até uma clínica ou apresentam dificuldades de locomoção
  • O atendimento é personalizado e permite que a família acompanhe de perto o tratamento e evolução do paciente.

FONTE: www.revistagmi.com.br